Quanto ocupa o Archivematica em Storage?
Quanto ocupa o Archivematica em Storage?
Pergunta clássica, não? Se eu implementar um Arquivo Permanente Digital para os Documentos Arquivísticos nato-digitais e os Representantes Digitais, quanto a mais de espaço em Storage precisarei para implementar a Preservação Digital Sistêmica de acordo com o Modelo OAIS?
Em tese, o MESMO que ocupava antes, quando estes documentos e metadados estavam no “Ambiente de Gestão”, no seu Sistema de Negócio, ou SIGAD. Mas, agora no seu devido lugar, no “Ambiente de Preservação”, em um RDC-Arq, de acordo com a Resolução nº 43/2015 do Conselho Nacional de Arquivos - Conarq. Sem indução ao cometimento de crime segundo a Lei 8.159/91.
Mas, vamos então às considerações:
1) quando o Archivematica estiver em processamento, admitindo a custódia do Pacote OAIS enviado, seja via REST API ou pelo Painel de Administração (com o Gerente de Negócio de Preservação Digital), ele vai ocupar 3 vezes o tamanho original do SIP (pacote de submissão), isso pelo fato de que ele vai precisar elaborar o AIP (pacote OAIS de Arquivamento) e o DIP (pacote OAIS de disseminação) para o AtoM (ICA-AtoM) ou a sua plataforma Arquivística de Acesso e Transparência Ativa. Notem que estes workflows de preservação podem ser customizados.
2) o resultado final, é que o Archivematica fique com um AIP ocupando praticamente o MESMO que o SIP que foi submetido (podendo até ser menor, dependendo do modelo de dados). MESMO ESPAÇO do Storage original, sendo que, tão logo o API retorne positivo, foi gerado o AIP, o Sistema de Negócio irá eliminar de forma segura estes documentos que agora são custodiados no RDC-Arq Archivematica.
3) todavia, caso a produção no Sistema de Negócio ou SIGAD tenha sido feita em formatos não normalizados (e em metadados não homologados), isso quer dizer que não teremos garantia de acesso no futuro, e assim, o Archivematica de forma automática, irá migrar, converter, etc, ou seja, aplicar as estratégias de preservação digital definidas pelo PRONON do Arquivo Nacional do Reino Unido (Pronon UK, hoje com mais de 1000 formatos), e o resultado sim poderá ser maior, de um .JPG para um .TIFF, ou de um vídeo .FLV para .MKV, e haverá acréscimo no Storage.
4) ainda, caso a Instituição não possa ter incremento no seu Storage (embora que necessário e urgente), e estes documentos arquivísticos continuarão sem garantia de acesso no futuro, ainda assim, é recomendado que se recolham os documentos para o RDC-Arq Archivematica, e se altere o Plano de Preservação do Archivematica, para não realizar as conversões (aba Preservation Planning do Archivematica), assim, teremos AIPs ocupando o mesmo espaço do SIP, mas com garantia da Cadeia de Custódia, atenção à Lei, e com a observação de que deveremos realizar intervenções arquivísticas no futuro.
Post elaborado pelo Prof. Daniel Flores da Arquivologia UFF sob demanda da comunidade.
Pergunta clássica, não? Se eu implementar um Arquivo Permanente Digital para os Documentos Arquivísticos nato-digitais e os Representantes Digitais, quanto a mais de espaço em Storage precisarei para implementar a Preservação Digital Sistêmica de acordo com o Modelo OAIS?
Em tese, o MESMO que ocupava antes, quando estes documentos e metadados estavam no “Ambiente de Gestão”, no seu Sistema de Negócio, ou SIGAD. Mas, agora no seu devido lugar, no “Ambiente de Preservação”, em um RDC-Arq, de acordo com a Resolução nº 43/2015 do Conselho Nacional de Arquivos - Conarq. Sem indução ao cometimento de crime segundo a Lei 8.159/91.
Mas, vamos então às considerações:
1) quando o Archivematica estiver em processamento, admitindo a custódia do Pacote OAIS enviado, seja via REST API ou pelo Painel de Administração (com o Gerente de Negócio de Preservação Digital), ele vai ocupar 3 vezes o tamanho original do SIP (pacote de submissão), isso pelo fato de que ele vai precisar elaborar o AIP (pacote OAIS de Arquivamento) e o DIP (pacote OAIS de disseminação) para o AtoM (ICA-AtoM) ou a sua plataforma Arquivística de Acesso e Transparência Ativa. Notem que estes workflows de preservação podem ser customizados.
2) o resultado final, é que o Archivematica fique com um AIP ocupando praticamente o MESMO que o SIP que foi submetido (podendo até ser menor, dependendo do modelo de dados). MESMO ESPAÇO do Storage original, sendo que, tão logo o API retorne positivo, foi gerado o AIP, o Sistema de Negócio irá eliminar de forma segura estes documentos que agora são custodiados no RDC-Arq Archivematica.
3) todavia, caso a produção no Sistema de Negócio ou SIGAD tenha sido feita em formatos não normalizados (e em metadados não homologados), isso quer dizer que não teremos garantia de acesso no futuro, e assim, o Archivematica de forma automática, irá migrar, converter, etc, ou seja, aplicar as estratégias de preservação digital definidas pelo PRONON do Arquivo Nacional do Reino Unido (Pronon UK, hoje com mais de 1000 formatos), e o resultado sim poderá ser maior, de um .JPG para um .TIFF, ou de um vídeo .FLV para .MKV, e haverá acréscimo no Storage.
4) ainda, caso a Instituição não possa ter incremento no seu Storage (embora que necessário e urgente), e estes documentos arquivísticos continuarão sem garantia de acesso no futuro, ainda assim, é recomendado que se recolham os documentos para o RDC-Arq Archivematica, e se altere o Plano de Preservação do Archivematica, para não realizar as conversões (aba Preservation Planning do Archivematica), assim, teremos AIPs ocupando o mesmo espaço do SIP, mas com garantia da Cadeia de Custódia, atenção à Lei, e com a observação de que deveremos realizar intervenções arquivísticas no futuro.
Post elaborado pelo Prof. Daniel Flores da Arquivologia UFF sob demanda da comunidade.
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