Revisão do Grupo de Pesquisa sobre Preservação Digital

Revisão do Grupo de Pesquisa sobre Preservação Digital


(Grupo, e Editores, não postar mais Revisões de Literatura dos ARTIGOS, a partir de agora somente Publicações feitas nos ARTIGOS)


Para abordar a Preservação Digital, vamos recorrer ao que nos apresenta Margaret Hedstrom (1996 apud MÁRDERO ARELLANO, 2008, p. 17), ao dizer que a preservação digital é compreendida como “o planejamento, alocação de recursos e aplicação de métodos e tecnologias para assegurar que a informação digital de valor contínuo permaneça acessível e utilizável”.
A Carta para Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital, publicada pelo Conselho Nacional de Arquivos (2004), afirma que o desafio da preservação dos documentos arquivísticos digitais está na garantia do acesso contínuo a seus conteúdos e funcionalidades, através de recursos tecnológicos disponíveis na época em que ocorrer a sua utilização. Sob essa ótica, Innarelli (2008) destaca que, na atualidade, um dos principais desafios da área é tornar a preservação de acervos digitais acessível não só para grandes empresas, detentoras de grandes estruturas, mas também para as pequenas empresas e os pequenos usuários. Corroborando com a concepção de garantir o acesso, o e-Arq Brasil estabelece que:
O foco da preservação nos documentos digitais é a manutenção do acesso, que pode implicar na mudança de suporte e formatos, bem como na atualização do ambiente tecnológico. A fragilidade do suporte digital e a obsolescência tecnológica de hardware, software e formato exigem essas intervenções periódicas (CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS, CTDE, 2011, p. 35).


Na visão de Ferreira (2006), segundo a qual cada vez mais organizações dependem da informação digital que produzem, torna-se imperativa a implementação de técnicas e de políticas que visem garantir a perenidade e a acessibilidade a esse tipo de informação. Para o autor, a preservação digital consiste:


Na capacidade de garantir que a informação digital permanece acessível e com qualidades de autenticidade suficientes para que possa ser interpretada no futuro recorrendo a uma plataforma tecnológica diferente da utilizada no momento da sua criação (2006, p 20).


O autor também dá outro significado ao termo, designando como preservação digital “o conjunto de atividades ou processos responsáveis por garantir o acesso continuado a longo prazo à informação e restante patrimônio cultural existente em formatos digitais” (FERREIRA, 2006, p. 20).
A produção técnica intitulada “Recomendações para a produção de Planos de Preservação Digital” (BARBEDO et al., 2010, p. 7) apresenta, em seu texto, a preservação digital sob três vetores:

  1. conjunto de atividades desenvolvidas com o fim de aumentar a vida útil da informação de arquivo, salvaguardando a utilização operacional e protegendo-o das falhas de suportes, perda física e obsolescência tecnológica;
  2. conjunto de atividades que promovem a acessibilidade continuada aos conteúdos;
  3. conjunto de atividades que assistem na preservação do conteúdo intelectual, forma, estilo, aparência e funcionalidade.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ISO 16175 atualizada .....

Novas versões do Modelo OAIS (ISO 14721) e normas relacionadas, ISO 16363 e ISO 16919 que foram atualizadas agora no final de 2024