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Via Arquivo Nacional:



O Arquivo Nacional parabeniza a todos os arquivistas pelo seu dia e reconhece a importância dos profissionais presentes em seu quadro funcional para o cumprimento com qualidade da missão institucional do órgão. A data que celebra o profissional responsável, entre outras funções, pelo planejamento, organização, assessoramento, orientação e gestão de serviços ou instituições arquivísticas públicas e privadas é comemorada no Brasil em 20 de outubro.
A formação em Arquivologia se dá através de curso superior e foi com a promulgação da Lei nº 6.546, de 4 de Julho de 1978, que a profissão, juntamente com a de Técnico em Arquivo, foi regularizada e oficializada no país. Outro aspecto importante desta lei foi a criação do Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ.
A origem do Dia do Arquivista remonta a 1823, quando o então deputado Pedro de Araújo Lima, que viria a ser conhecido como Marquês de Olinda, apresentou proposta para a criação do primeiro Arquivo Público do Império. O dia 20 de outubro também é a data de inauguração da Associação dos Arquivistas Brasileiros (AAB), em 1971.
O Arquivo Nacional conta com 53 servidores em cargos de Arquivistas de nível superior e 20 que ocupam cargos de Técnico de Arquivo. Por ocasião do Dia do Arquivista, a Assessoria de Comunicação do Arquivo Nacional conversou com alguns destes profissionais.
Perguntado sobre sua trajetória na instituição o Arquivista e Coordenador de Documentos Audiovisuais e Cartográficos, Antônio Laurindo, relatou que "Sou Arquivista formado pela Universidade Federal Fluminense – UFF desde 2003. Ainda como estudante de graduação pude trabalhar no Arquivo Nacional com acervos audiovisuais. Depois voltei por meio do concurso público de 2006 e fiquei muito feliz por ter sido acolhido pela Coordenação de Documentos Audiovisuais e Cartográficos (CODAC), onde estou até hoje. Por ser Arquivista da principal instituição arquivística brasileira, tenho oportunidade de participar de diferentes fóruns nacionais e internacionais, o que muito tem contribuído para o desenvolvimento das minhas atividades e fortalecimento dos laços institucionais com entidades representativas do audiovisual. No Arquivo Nacional existe a possibilidade de conjugar teoria e prática diariamente. É um lugar onde se aprende muito com o acervo, os diferentes profissionais e os usuários”.
A Arquivista Scheila Cecchetti, da Coordenação de Documentos Escritos, dividiu com a ASCOM sua visão sobre a oportunidade de trabalhar como Supervisora da Seção de Documentos Escritos do Executivo: “A experiência de supervisionar o Executivo, o maior acervo do Arquivo Nacional, que possui 25 km de documentos, tem me proporcionado a oportunidade de desenvolver ações de processamento e organização de documentos arquivísticos que estão sob a guarda do Arquivo Nacional, buscando sempre a comunicação e integração com as diferentes áreas da instituição. É essencial a presença de arquivistas em setores de liderança, pois assim, tanto os fundamentos  teóricos e práticos da área podem ser aplicados nas atividades desenvolvidas visando assegurar o valor dos documentos, o probatório e o histórico/científico, permitindo ao usuário uma eficiente recuperação da informação”.
De acordo com Alex Pereira de Holanda, Arquivista da Coordenação de Gestão de documentos: “Ser arquivista no Arquivo Nacional é uma experiência profissional sem comparação, pois é a maior instituição da área no país, considerada como referência de práticas arquivísticas e matriz de conhecimento da área. Estou no arquivo nacional desde 2006 e desde então pude trocar experiências com profissionais e instituições de todo o país”.
Érika Sampaio, Arquivista e Supervisora da Equipe de Preservação de Documentos Digitais do Arquivo Nacional, ressaltou que “a Arquivologia está mais presente na vida das pessoas do que elas imaginam. Sem seus princípios não haveria informação. Um bom indicador do papel relevante dos arquivistas é quando o seu trabalho passa despercebido pela sociedade, especialmente ao tornar possível às pessoas o acesso rápido e preciso a documentos e informações de que necessitam, com transparência e com a menor burocracia possível. Sinto-me privilegiada de fazer parte do quadro de profissionais da Instituição Arquivística mais importante do Brasil. Lugar de preservação e disseminação da memória do país, aproximando a sociedade dos registros de sua história”.
O Arquivo Nacional possui uma Coordenação Regional, em Brasília, onde atuam alguns servidores da área como o Arquivista Fernando Matias que também contribuiu com seu depoimento a sobre a carreira: “Ser arquivista é um orgulho e uma grande responsabilidade, pois o arquivista é o gestor da informação e necessita estar em constante atualização de seus conhecimentos e práticas para contribuir com a eficiência administrativa gerando economia de recursos, acesso ágil aos documentos e preservando a memória institucional”.
Para Domícia Borges, Arquivista e Coordenadora da Coordenação de Apoio ao CONARQ: “O Arquivista é fundamental nas instituições públicas e privadas porque todas elas produzem informações a partir do desempenho das suas atividades e essa documentação necessita ser gerida de maneira profissional visando à preservação das informações para o futuro”.
A respeito das perspectivas para a área da arquivologia, Carolina de Oliveira, Arquivista e Coordenadora do Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo da Administração Pública Federal (SIGA) acredita que “Além da aplicação da teoria arquivística na prática da gestão e preservação dos documentos nato-digitais é necessário o estudo dos usuários de arquivos no século XXI. A tendência atual é de os usuários quererem as informações de arquivo em um modelo ‘Google’, no qual seja possível recuperar as informações a partir da busca por palavras-chaves”.
O dia 20 de Outubro é, portanto, mais do que uma data para celebrar a profissão. Este dia serve também para homenagear os profissionais, lembrar das conquistas obtidas ao longo dos anos e refletir sobre os desafios futuros de uma área vital para a administração das atividades de Estado e a preservação da memória da humanidade.

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